domingo, 31 de outubro de 2010

Cultura:



A cultura da Bolívia tem muitas influências incas e de outros povos índios na religião, música e vestuário, como por exemplo, os bem conhecidos chapéus de coco. A festa mais conhecida é o El Carnaval de Oruro, patrimônio cultural da UNESCO. O entretenimento mais comum é o futebol, desporto nacional, que é praticado quase em cada canto de rua. Os jardins zoológicos também são uma atração popular.
      

A Bolívia (oficialmente Estado Plurinacional da Bolívia) é um país situado no centro-oeste da América do Sul.
Tiwanaku
A Bolívia é um país multicultural com muitas riquezas naturais e arqueológicas. Destaca-se a cultura Tiwanaku que se desenvolveu no que é hoje a região ocidental do país e cujos conhecimentos avançados foram legados ao Império Inca.


GASTRONOMIA:,


Na Bolívia é típica a comida andina o que se traduz em pratos a base de batata. Uma famosa é a Empanada Boliviana de Calco, com cebola, pimenta, ervilha, batata e ovos. Também se pode provar Aji de Lengua (uma espécie de carne com malagueta), um assado de Porco ou um Coelho Guisado. Para a sobremesa uma boa pedida é a gelatina de vinho tinto.




LITERATURA:

Como sucede em outros países Ibero-americanos, ficou muito pouco dos lugares, ritos e tradições bolivianas que só se conservam em parte, graças à tradição oral. Assim existe pouca literatura moderna e as poucas que existem trata da temática indígena. Na época colonial se destacaram as temáticas referentes a geografia, história, costumes, leis ou relatos de Potosí assim como também cantos religiosos.
Entre os personagens mais relevantes da literatura boliviana, temos que destacar os seguintes nomes: - Ricardo Jaimes Freyre, Alcides Arguedas, Nataniel Aguirre.


Nataniel Aguirre
Alcides Arguedas
Ricardo Jaimes Freyre



 
CULTURA:

A população indígena soube preservar suas tradições na vestimenta, na língua e no estilo de vida. O país apresenta uma enorme influencia indígena em todas suas variantes culturais. Na serra e no Altiplano predominam edifícios e igrejas decoradas com uma forte presença de motivos incaicos, além da flora e fauna locais. Na escultura e na pintura são numerosos os retábulos barrocos do período colonial, assim como pinturas autoctonias de enorme ingenuidade. Alguns dos pintores mais destacados nascidos a finais do século XIX são o paisagista Arturo Borda e o indianista Cecilio Guzmán de Rojas. Do século XX destaque para a escultora Marina Nuñez del Prado e os pintores Enrique Arnal e Alfredo Laplaca.


MEIOS DE COMUNICACÃO:

Os principais jornais bolivianos são: El Diário, Presencia, La Razón e La Prensa.


ARQUITETURA:

No território boliviano os edifícios construídos depois da conquista espanhola apresentam umas características que distinguem-nos dos restantes do vice-reinado. A tradição artística indígena aparece na rica decoração que cobre o exterior dos edifícios, baseada em motivos tirados da flora e fauna. Este estilo está claramente marcado em Potosí no Templo da Companhia de Jesus, obra de índio Sebastião da Cruz.

Potosí

FONTE: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/bolivia/cultura-da-bolivia.php

Perdas territoriais:

Em 1866 e 1874, foram firmados tratados para resolver o litígio com o Chile sobre o deserto de Atacama, rico em depósitos de nitratos de sódio e de cobre. Nesses tratados, adotou-se como linha limítrofe entre Chile e Bolívia o paralelo 24º de latitude sul. Foram outorgados ao Chile diversos direitos alfandegários e concessões de exploração mineral a empresários chilenos no Atacama boliviano. Estas últimas disposições originaram o litígio entre os dois países, ja que o estado boliviano não respeitou os acordos alfandegários, incrementando o imposto à extração de salitre às companhias salitreiras de capital chileno-britânico, e em 1879 o Chile ocupou o porto boliviano de Antofagasta, iniciando a chamada Guerra do Pacífico, na qual a Bolívia e seu aliado Peru foram derrotados pelo Chile. Ao ser despojada de sua única possessão litoral, a Bolívia deixou de ter saída para o mar. O litoral boliviano abarcava aproximadamente 158.000 km² e, além de Antofagasta, contava com os portos maiores de Mejillones, Cobija e Tocopilla. Em 1904, foi ratificado um tratado de paz e amizade que reconheceu o domínio perpétuo do território em litígio por parte do Chile, enquanto garantiu à Bolivia o livre acesso ao mar.
A Bolívia manteve também uma guerra com o Brasil pelo território do Acre que concluiu com a cessão de 191.000 km² a este país em troca de uma indenização econômica e uma pequena compensação territorial. Além desses, teve conflitos territoriais por questão de limites com a Argentina, Peru e Paraguai.


Fronteira Bolívia-Chile
A solução pacífica do litígio com a Argentina foi atingida em 1925. Em 1930, Peru e Bolívia nomearam uma comissão conjunta para delimitar a fronteira e solucionar o litígio sobre a península de Copacabana.
O problema fronteiriço boliviano-paraguaio se centrou sobre o Chaco boreal, uma zona de terras baixas situada ao norte do rio Pilcomayo e a oeste do rio Paraguai, que se estende pela disputada fronteira de Bolívia. Os dois países reclamavam o território em sua totalidade. Em julho de 1932, eclodiu a guerra do Chaco, conflito não-declarado que durou três anos e no qual morreram 50.000 bolivianos e 35.000 paraguaios. Em julho de 1938, foi firmado o tratado de paz, segundo o qual o Paraguai ficava com 75% da região do Grande Chaco. Foi o maior conflito bélico da história boliviana: em três anos de contínuas lutas e perdas, a Bolívia sofreu um contínuo retrocesso que finalmente concluiu-se em Villamontes, onde os fortes cordilheiranos ajudaram o exército da Bolívia a deter o avanço paraguaio.
Desde a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945, a Bolívia solicitou à Assembleia Geral para que considerasse sua petição de recuperar una saída livre e soberana para o oceano Pacífico. Também apresentou o assunto na Organização dos Estados Americanos (OEA). Em 1953, o Chile concedeu à Bolívia um porto livre em Arica, garantindo a esta direitos alfandegários especiais e instalações de armazenamento.


Passado histórico:


No país que hoje conhecemos como Bolívia foram descobertos sítios arqueológicos indicando que aquela região era habitada pelo homem há 21.000 anos. Desde 700 a.C. até 1.200 d.C., desenvolveu-se o império Tihuanaco (formado por aimarás, quéchuas e chiquitos). Do século XIII ao XVI esta região foi incorporada ao império Inca.

Em 1.538, o espanhol Francisco Pizarro conquistou aquela região anexando-a ao vice-reinado do Rio da Prata. Com a instalação dos colonos espanhóis foram fundadas diversas cidades.
Francisco Pizarro

Em meados do século XVI, foram descobertas as grandes minas de Potosí, no Alto do Peru (atual Bolívia), e as de Zacatecas e Guanajuato, na nova Espanha (atual México), começando assim verdadeira colonização da América.  

A independência boliviana ocorreu em 6 de agosto de 1825 (a Bolívia foi uma das primeiras colônias a rebelar-se contra o domínio espanhol), liderada por Simon Bolívar. Cinco dias depois, adotou o atual nome em homenagem ao seu libertador.

Simon Bolívar
 
Na guerra do Pacifico a Bolívia perdeu o acesso ao oceano Pacifico para o Chile. E no ano de 1903, vendeu para o Brasil a região que atualmente compreende ao estado do Acre. Dessa forma encerrou-se o conflito com os seringueiros brasileiros. A descoberta de petróleo no sudeste do país ocasionou a Guerra do Chaco, quando a Bolívia perdeu território para o Paraguai.


Analisando o passado histórico boliviano percebemos os motivos de sua atual pobreza. 

FONTE: http://www.infoescola.com/bolivia/historia-da-bolivia/

Crise na Bolivia:


 O que originou a atual crise na Bolívia?

A atual crise do país foi originada pelos movimentos populares de camponeses, mineiros, índios e sindicalistas que querem a nacionalização da exploração de gás e petróleo. Eles ainda exigem a criação de uma nova Assembléia Constituinte.




Por que as manifestações voltaram a crescer?

Porque ocorreu a soma dos movimentos sociais que fazem uma série de reivindicações ao governo . Esses movimentos querem a nacionalização da produção e exploração de gás e petróleo, aumento geral de salário, redução de tarifas públicas, redução do preço de combustível e eleição direta para governador nas províncias – atualmente, os governadores bolivianos são escolhidos pelo governo. E a mais antiga das reivindicações é a exigência da formação de Assembléia Constituinte.


Carlos Mesa
O que deve ser abordado na Assembléia Constituinte?

Principalmente a questão dos índios do país. Prometida desde que o presidente Carlos Mesa (foto) assumiu, em outubro de 2003, a Assembléia Constituinte é uma exigência popular na Bolívia desde 1990, quando indígenas fizeram vários protestos por dignidade, terra e território. Em 2004, foram realizados 82 eventos envolvendo vários órgãos da sociedade para discutir quais propostas deveriam ser levadas à assembléia. Entre os temas estavam a distribuição de terras, benefícios para municípios e povos indígenas, meio ambiente, melhor aproveitamento de benefícios e recursos naturais, inclusão da mulher nas políticas públicas e transformação das províncias em regiões autônomas.


O que propõe o governo?

O Congresso aprovou a Lei de Hidrocarbonetos, que foi prometida como uma lei que conciliaria a demanda popular por melhor distribuição de renda com a necessidade de acumular divisas. Os oposicionistas não concordam com a nova lei e pedem o cancelamento dos contratos com as multinacionais. O presidente Mesa agendou para agosto a formação da Assembléia Constituinte.



Quem faz oposição ao governo?


O maior de todos os opositores é o Partido Movimento em Direção ao Socialismo, liderado pelo cocaleiro Evo Morales (foto), de origem indígena. A população da Bolívia é de 8,7 milhões de pessoas, pouco menor que a do Paraná, e os indígenas são maioria: 30% são quíchuas, 30% aímarás, 25% mestiços e apenas 15% brancos. A reivindicação de Assembléia Constituinte parte dos líderes indígenas que querem assegurar novos direitos. Ainda fazem oposição ao governo os movimentos camponeses e as centrais sindicais.
Evo Morales
 

O que é a Lei dos Hidrocarbonetos?

Aprovada pelo Congresso, a Lei dos Hidrocarbonetos (hidrocarboneto é a principal composição do petróleo ainda em solo) mantém os royalties em 18% e aumenta o imposto sobre a exploração das riquezas de 16% para 32% não dedutíveis para empresas estrangeiras. Além disso, recupera para o Estado a propriedade dos hidrocarbonetos na boca do poço e reinstala a estatal de petróleos para que participe, junto às empresas privadas, da produção e comercialização de hidrocarbonetos – a Bolívia tem a segunda maior reserva natural de gás da América do Sul, mas pelo menos 65% da sua população vivem na miséria.


A situação da Bolívia pode afetar o Brasil?

A maior empresa em atividade na Bolívia é a Petrobrás, que passou a operar no país 1996 e hoje tem investimentos de 1,5 bilhão de dólares. Com a nova taxação da Lei de Hidrocarbonetos, a empresa decidiu rever seus investimentos. A companhia brasileira é responsável por 15% do PIB boliviano.


Por que Carlos Mesa renunciou?

Pressionado pelos movimentos sociais, Mesa alegou que seu trabalho havia chegado ao fim, já que as medidas que tomava no governo não iam de encontro ao que a população esperava. Foi seu segundo pedido para deixar o cargo. Em março deste ano ele já havia apresentado a renúncia ao Congresso, que a recusou. Desta vez, porém, o pedido foi aceito por unanimidade no dia 10 de junho. Em seu lugar assumiu o jurista Eduardo Rodríguez, 49 anos, cuja nomeação ocorreu depois que os presidentes do Senado e da Câmara abriram mão do direito constitucional de suceder Mesa na presidência.