segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Evo Morales:

 Juan Evo Morales Ayma  é o atual presidente da Bolívia e líder do movimento de esquerda boliviano cocalero, uma federação de agricultores que tem por tradição o cultivo de coca para atender um costume milenar da nação que é mascar folhas de coca. Evo Morales notabilizou-se ao resistir os esforços desenvolvidos pelo governo dos Estados Unidos da América na substituição do cultivo de coca na província de Chapare por bananas originárias do Brasil, embora seja sabido que grande parte da produção de cocaína mundial advenha das plantações bolivianas. 


 Morales é também líder do partido Movimento para o Socialismo (MAS em língua castelhana) - IPSP (Instrumento Político pela Soberania dos Povos). De origem ameríndia, da etnia aymará, é, junto com Felipe Quispe, um dos indígenas mais famosos da história atual do seu país.
Felipe Quispe e Evo morales

Nas eleições presidenciais bolivianas de 2002 Morales ficou em segundo lugar, colocação surpreendente face ao panorama político do país, dominado pelos partidos tradicionais. Nas eleições de Dezembro de 2005 porém, venceu com maioria absoluta, tornando-se o primeiro presidente de origem indígena. Assumiu o poder em 22 de Janeiro de 2006 como o primeiro mandatário boliviano a ser eleito Presidente da República em primeiro turno em mais de trinta anos, e sendo reeleito em 6 de Dezembro de 2009.  

Evo Morales junto com o francês José Bové, na culturAmérica (2002)

Morales é um admirador da ativista indígena guatemalteca Rigoberta Menchú (prêmio nobel da paz em 1992) e de Fidel Castro, este último pela oposição à política norte-americana. Morales propõe que o problema da cocaína seja resolvido do lado do consumo, pois o cultivo da Coca seria "um patrimônio cultural dos povos andinos e parte inseparável da cultura boliviana e sua proibição não poderia ser feita através de uma simples regulação estabelecida por uma convenção externa". 


Embora o tráfico de drogas seja um problema internacional, a nova posição assumida pela Bolívia devolve aos mercados consumidores de drogas o problema ocasionado pela apropriação de uma planta de uso tradicional para fins ilícitos. Por essa perspectiva, os costumes milenares bolivianos não podem ser modificados porque a condução internacional da política contra as drogas está baseada na mera repressão ao consumo de entorpecentes. 

Evo Morales e Barak Obama
Há muitas disparidades entre as administrações de Morales e do governo dos Estados Unidos relacionadas a leis antidrogas e cooperação entre ambos os países, mas vários oficiais dos dois países têm expressado o desejo de trabalhar contra o tráfico de drogas, como Sean McCormack do Departamento de Estado dos EUA, reforçando o apoio às políticas bolivianas de combate às drogas, e Morales dizendo "haverá zero cocaína, zero tráfico de drogas mas não zero coca." 

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Evo_Morales

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